De 60 a 80% do custo total em utilidades é com combustível/energia
Sabendo disso, todo esforço deve ser focado na redução de combustível. Redução de consumo da água e de geração de efluentes deve ser sempre, uma meta constante em qualquer tipo de empresa e também no uso doméstico, porém, juntamente com o tratamento químico, representa custos muitas vezes inferiores à combustível/energia. Então, se queremos reduzir significativamente nosso custo na utilidades, já sabemos onde devemos investir.
Em sistemas de baixa e média pressão, embora teoricamente, sejam mais “simples” de operar e tratar a água, são justamente os sistemas onde verificamos maiores ocorrências de deposição e corrosão, em função principalmente, da necessidade de água de alimentação e parâmetros de controles muito mais flexíveis em relação à sistemas de alta pressão.
Nesse tema, não vamos considerar a melhoria de eficiência de caldeira através da remoção de incrustações, que reduzem significativamente a troca térmica. Isto foi discutido no BLOG anterior (DEPÓSITOS E INCRUSTAÇÕES EM CALDEIRAS). Vamos avaliar a redução do custo de produção de vapor e/ou otimização da produção de vapor, através da elevação do CICLO DE CONCENTRAÇÃO, ou seja, operar nossa caldeira com o maior ciclo de concentração possível, mantendo os parâmetros de controle de acordo com as normas ASME; ABMA; JIS; etc., para evitarmos a deposição e corrosão. Isso vale tanto para sistemas novos como para sistemas já em operação. O ideal seria considerar todas as opções de otimização no projeto do sistema, mas na maioria dos casos, isso não acontece, ficando para o pessoal de operação ou utilidades implementar tais melhorias, o que na mais dos casos, é muito mais difícil de viabilizar economicamente.
Neste tema vamos apresentar a seguir, um caso real de um sistema que usava água abrandada; caldeiras de média pressão e ciclo de concentração de 5, durante muitos anos. Toda melhoria no pré-tratamento como desmineralização da água era vista como DESPESA e nunca havia verbas aprovadas para isso, até que a implementação de um projeto de otimização onde foram considerados os seguintes fatores: – qualidade de água de reposição – ciclos de concentração – tecnologias de desmineralização e seus custo operacionais – as economias a serem obtidas – etc.
Do total das economias, subtraiu-se todos os custos envolvidos (investimento + custo operacional) e foi avaliado a viabilidade econômica do projeto e qual seria seu “PayBack”. Abaixo, apresentamos o resumo das economias obtidas e comprovadas:
Dados | Reposição Abrandada | Reposição Desmineralizada |
Produção de Vapor (ton./h) | 50 | 50 |
Ciclo | 5 | 30 |
Purgas (m³/h) | 12,5 | 1,7 |
Economia com Água (m³/ano) | – | 93.103 |
Economia com Efluente (m³/ano) | – | 93.103 |
Redução de Consumo de Gás Natural (Nm³/ano) | – | 6.460.000 |
Economia Total (R$ MM/ano) | – | 4,5 |
PayBack (meses) | – | 11 |
Devemos sempre considerar, que o valor do investimento com o pré-tratamento e instalação será será pago apenas uma vez, na sua implementação mas o “custo operacional” será para sempre, da mesma forma que as economias geradas. Por isso, é fundamental avaliar cuidadosamente:
Este é um conceito básico que espero esclarecer esse tema, mas participe de nosso fórum e traga suas perguntas e dúvidas.
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