LIMPEZA QUÍMICA não é apenas recircular uma solução de ácido no equipamento e/ou sistema, pois isso pode ser catastrófico.
Não existe um procedimento padrão seguro para realização de Limpeza Química, pois cada caso deve ser estudado com muito cuidado e por especialistas. Existem muitas dúvidas, até mesmo desconhecimento sobre este tema, o que vem causando muitas interpretações e decisões equivocadas.
Não se pode decidir por um determinado procedimento de limpeza química, sem antes avaliar todos os detalhes operacionais do sistema, tais como: – A composição dos depósitos/incrustações que queremos remover? – A metalurgia de construção do sistema/equipamento? – A idade do sistema/equipamento? – Histórico – Local para descarte das soluções – Etc.
Outro fator FUNDAMENTAL, é entender os prós e contras do processo de Limpeza Química e os riscos envolvidos. O processo de limpeza química é um método geralmente destinado à remoção de depósitos e/ou incrustações, para recuperação total ou parcial da eficiência de troca térmica, fluxos, temperaturas, etc., através da aplicação de agentes químicos, como ácidos e álcalis.
Não queremos aqui, especificar os produtos e/ou procedimentos a serem utilizados e suas concentrações de aplicação prática, pois isso, irá depender logicamente, os detalhes operacionais mencionados acima.
O objetivo deste trabalho, é orientar sobre os procedimentos geralmente utilizados para realização de Limpezas Químicas, apresentando soluções ambientalmente seguras e obter resultados superiores. Tais procedimentos indicam produtos químicos específicos para limpeza em várias condições operacionais, que devem ser AVALIADAS CRITERIOSAMENTE EM CADA CASO, tais como: procedimentos para neutralização e passivação, cuidados para descarte das soluções no efluente, muitas vezes negligenciados, metalurgia envolvidas, a segurança dos procedimentos e manuseio dos produtos químicos, etc.
Para planejamento de qualquer processo de limpeza química, é necessário seguir as etapas abaixo. Os procedimentos fornecem diretrizes para maximizar a eficiência da limpeza e ao mesmo tempo, minimizar os riscos de sinistros com os equipamentos e principalmente, com as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na operação. Outro fator FUNDAMENTAL para o sucesso do projeto de limpeza química, é sem dúvida, avaliar o retorno do investimento (ROI) realizado que poderá ser obtido com a limpeza química. Esta avaliação só poderá ser definida corretamente, quando se tem o entendimento total do processo a ser realizado, dos equipamentos envolvidos, da metalurgia do sistema, da composição mais provável dos depósitos/incrustações a serem removidas, do custo total do processo, do riscos envolvidos, etc. As etapas a serem consideradas são: 1) Definir corretamente os equipamentos/sistemas envolvidos e os benefícios que serão obtidos com a limpeza química para o processo como um todo. Tal definição inclui a determinação da metalurgia, muitas vezes desconhecidas, principalmente em sistemas mais antigos; as temperaturas; as regulamentações do processo; o custo total de parada e /ou interrupção não programada de produção; qual o tempo disponível para a realização da limpeza (este é um item FUNDAMENTAL, pois na maioria dos casos, nunca se consegue realizar o processo de limpeza no tempo estimado, portanto, é uma boa prática, considerar no mínimo, 50% a mais, para não comprometer a retomada da operação), pois esta informação, só conhecida pelo cliente, será a base principal para o cálculo do retorno ao investimento (ROI), os produtos químicos necessários e a metodologia a ser implementada. 2) Conhecer a composição mais provável dos depósitos/incrustações é FUNDAMENTAL, pois sem ela, como selecionar os produtos químicos, concentrações, as etapas do procedimento? 3) Definir o processo de limpeza e quais os equipamentos necessários. 4) Definir qual será o procedimento e o impacto ambiental para descarte das soluções. Esta definição só é possível juntamente com o cliente e sua área ambiental. 5) Definir o procedimento com as instruções detalhadas, responsabilidades, riscos, proporção de sucesso, o custo da limpeza química com materiais, equipamentos, mão de obra, análises, consultoria externa, descarte, etc. 6) Inspecionar o equipamento/sistema antes do início do processo de limpeza química com registro fotográfico, os resultados das análises dos depósitos, etc., para efeitos comprativos e avaliação do sucesso do procedimento. 7) Realizar a limpeza química. 8) Inspecionar o equipamento/sistema antes e após o final da limpeza, com registro fotográfico e avaliar o sucesso do procedimento. Esta condição será a base de reinício de operação para efeitos comparativos futuros.
COLETA DE AMOSTRAS DOS DEPÓSITOS/INCRUSTAÇÕES: Como já mencionado acima, a composição dos depósitos/incrustações é FUNDAMENTAL. A coleta da(s) amostra(s), muitas vezes, causam equívocos irreversíveis, tais como: A) “Coletar amostra(s) no menor tempo possível”, ou B) Coletar amostra(s) no ponto de mais fácil acesso, como no enchimento de torre de resfriamento, no lado inferior da caldeira, em flange cego, trecho de linhas/tubulações com “zona morta” (sem circulação”), etc. Devemos considerar, que todo o procedimento a ser determinado para a limpeza química, será baseado na composição dos depósitos/incrustações e por isso, uma amostragem, para mais próxima possível da condição real do equipamento é FUNDAMENTAL.
Por outro lado, o critério de coletar a amostra na pior condição do equipamento, no local mais crítico, com a lógica de: “Se a eficiência da limpeza for satisfatória nesta região, será também satisfatória no sistema/equipamento como um todo”. Isso pode ser um grande equívoco, pois os procedimentos e métodos para realização da limpeza química serão baseados nesta amostragem que não representa a realidade. Este material pode ter densidade cinco, 10 vezes maior que a média, mas estar presente em apenas 1% (um) da superfície incrustada do equipamento/sistema.
A amostragem ideal deve ser em uma secção de tubo ou do tubulação (muitas vezes, a amostra da incrustação raspada do tubo é praticamente a mesmas do depósito no fundo do balão). Porém, a(s) amostra(s) retirada(s) do(s) tubo(s), sempre que possível, pode ser a mais representativa. Depois da coleta das amostras, é importante sua preservação e enviá-las ao laboratório o mais rápido possível. A identificação da amostra, com o nome do equipamento, local de remoção, forma do material (se depósito ou incrustação, aspecto, se muito difícil de remover, etc., é importante informar aos técnicos que irão elaborar o procedimento da limpeza. A desidratação e/ou secagem da amostra, pode causar diferenças no resultado do teste de limpeza no laboratório, principalmente, se a amostra é predominantemente de orgânicos, lama e/ou lodo. Sempre que possível, a amostra deve ser enviada, em bolsa plástica, minimizando sua secagem.
Se tivermos quantidade de amostra suficientemente, poderemos realizar testes em laboratório com fluxo dinâmico ou estáticos, para avaliação da eficiência do produto químico e se estimar o tempo necessário para a execução da limpeza química. Os agentes químicos de limpeza dissolverão a incrustação de forma mais ou menos linear e de forma lenta, desde a superfície da incrustação até a parede do tubo
Além da amostra do depósito, considerar também, as seguintes abaixo, que são relevantes para a seleção dos solventes: a seguinte informação é imperativa na seleção inicial de opções de solventes: – Metalurgia do sistema/equipamento, incluindo o-rings, gaxetas, instrumentação, visor de Nível, etc. – Limitações de temperatura – Limitações de tempo – Históricos de limpezas anteriores (procedimentos, químicos, resultados, sinistros, etc.) – Presença de anodos de sacrifício (trocadores de calor) – Etc.
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