Um dos problemas mais críticos e prejudiciais verificados em um sistema de geração de vapor é sem dúvida, a corrosão por oxigênio dissolvido que provoca pitting e compromete todo o sistema. Por isso, a remoção do oxigênio dissolvido na água de alimentação de caldeiras, seja qual for a classe de pressão, é fundamental para a preservação e garantia da segurança operacional do sistema.
O tratamento de água de caldeiras é composta na teoria, de etapas bastante simples, ou seja:
Isso é verdadeiro apenas em teoria, pois considera que todos os sais presentes na água de reposição, como cálcio, magnésio, sílica, ferro; etc., foram retirados no sistema de pré-tratamento e que não existe nenhuma contaminação da alimentação via condensado. O pré-tratamento deve ser capaz de produzir água de reposição para atender os parâmetros de controles especificados pela ASME; ABMA; JIS; EPRI; etc.
O processo de desaeração da água de alimentação de caldeira consiste em duas soluções que normalmente são utilizadas em conjunto, uma complementando a outra, ou seja:1) desaeração mecânica e 2) desaeração química. Nesse artigo, vamos considerar apenas a desaeração mecânica, tratando a química separadamente.
Consiste em fazer a água de reposição (fria) passar por um equipamento chamado “desaerador”, operando com temperatura elevada e pressão, onde a solubilidade dos gases em líquido é inversamente proporcional à temperatura, ou seja, quanto maior a temperatura menor é a solubilidade, promovendo uma grande área de contato para expulsão do oxigênio dissolvido. Existem dois tipos básicos de desaeradores: o tipo spray e o tipo que contém bandejas, sendo que a disposição do vaso principal pode ser horizontal (mais comum) ou vertical.
Alguns desaeradores, principalmente para caldeiras de alta pressão, podem trabalhar a vácuo, o que ajuda na remoção do oxigênio.
A quantidade de vapor necessária para elevar a temperatura e propiciar a desaeração da água de reposição incluindo o vapor de vent, depende principalmente da vazão de água e de sua temperatura. De maneira geral, o volume de vapor necessário é no mínimo de 1% da vazão da alimentação para cada 7ºC de aumento de temperatura no desaerador.
A desaeração mecânica segue três princípios básicos:
A especificação do teor de oxigênio pela ASME é de 0,007 ppm ( 7 ppb) para um desaerador operando dentro das condições ideais de projeto. Entretanto, é muito comum encontrarmos desaeradores operando com teores de oxigênio >7 ppb, podendo chegar a 100 ppb, que consequentemente, provoca um severo processo corrosivo no sistema pré caldeira com a elevação do teor de ferro na água de alimentação e que terá influência direta no ciclo de concentração da caldeira; na formação de depósitos nos tubos, podendo provocar corrosão sob depósito; contaminação do vapor em função do arraste e principalmente, comprometer a eficiência de troca térmica da caldeira e como consequência disso, teremos a elevação do consumo de combustível e paradas não programadas do equipamento.
A baixa eficiência da desaeração mecânica pode ocorrer por vários motivos, tais como:
Qual é a solução afinal? “MONITORAR A PERFORMANCE DO DESAERADOR“
A avaliação de performance do desaerador deve ser realizado nas seguintes condições:
Este é um conceito básico que espero esclarecer esse tema, mas participe de nosso fórum e traga suas perguntas e dúvidas.
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