OBJETIVO DO CURSO: Proporcionar uma experiência de aprendizado prático e enriquecedor para profissionais de tratamento de água em sistemas de geração de vapor de qualquer classe. Vamos capacitá-lo com os seguintes conhecimentos essenciais: a) avaliação visual das condições internas da caldeira b) o quê avaliar nas inspeções c) cálculo da massa de ferro introduzida na caldeira através da água de alimentação e quanto desse ferro ficou na caldeira d) coleta adequada e representativa de depósitos/incrustações e) cálculo da composição mais provável dos depósitos analisados f) interpretação da composição mais provável dos depósitos g) determinação das causas de formação dos depósitos h) soluções
Você desenvolverá habilidades práticas e insights importantes para se destacar em sua carreira e garantir a segurança e eficiência dos sistemas de tratamento de água em sua empresa.
INSPEÇÃO: Por definição, INSPEÇÃO é o ramo da engenharia que verifica as condições físicas dos equipamentos, a ocorrência de deterioração e/ou avaria … a fim de buscar as soluções mais adequadas para cada caso específico. Temos três modalidades de inspeção: 1) Inspeção em FABRICAÇÃO 2) Inspeção em INSTALAÇÃO 3) Inspeção em OPERAÇÃO –> Nesta modalidade, temos dois objetivos principais: a) Controle permanente das condições físicas do equipamento b) Inspeções periódicas, segundo um plano pré-estabelecido de comum acordo com as equipes de manutenção, operação, engenharia, inspeção, etc.
Esses objetivos, buscam detectar: não conformidades, falhas e avaliar o processo de degração do equipamento e no que diz respeito ao tratamento da água, as principais causas desses problema são: 1- Deficiência do tratamento químico 2- Deficiência operacional 3- Contaminações/contingências Temos dois tipos de inspeção de caldeiras em OPERAÇÃO: 1) AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE FÍSICA DA CALDEIRA
Deve ser realizada anualmente, por profissional habilitado, conforme NORMA NR13, criada em 1978. Aqui eu presto uma homenagem ao saudoso professor Júlio Rabin, fundador da ABNT, um dos responsáveis pela criação da NR13 e pela profissionalização dos operadores de caldeiras, 1º presidente do CRQ-IV.
Porque era e é necessário a criação de normas e procedimentos para realização de inspeções e avaliação da qualidade de materiais? O motivo principal, era os inúmeros acidentes que ocorriam com caldeiras, que provocava milhares de mortes e feridos. Talvez o maior deles, seja o acidente naval nos USA em 27/abril/1865, devido à explosão de 3 caldeiras em navio, deixando +1700 mortes (o acidente do Titanic em 15/abril/1912, deixou 1514 mortes). Existem relatos que ocorreram nos USA: – em 1880 –> 170 explosões de caldeiras, com 250 mortes – em 1887 –> 198 explosões de caldeiras, com 652 mortes – de 1870 a 1910 –> 10.000 explosões de caldeiras, 250 de média/ano – Primeiros anos da década de 1910 –> 1.300 explosões de média/ano, com 50.000 mortes/ano e 2.000.000 de feridos/ano.
Ficava então evidente, duas grandes necessidades urgentes para as industrias e para o governo americano: 1) A regulamentação desde o projeto, fabricação, montagem e operação de equipamentos pressurizados, particularmente de caldeiras; 2) A capacitação dos técnicos para controle da qualidade e a deterioração destes equipamentos
Em 1905, ocorreu mais um grave acidente em uma fábrica de calçados nos USA, com a explosão de uma caldeira, que atravessou 3 andares do prédio onde estava instalada a caiu em uma residência próxima à fábrica, deixando 58 mortes e 117 feridos. Este foi o marco histórico para a criação do 1º código estadual norte-americano de projeto e fabricação de caldeiras, em 1908 – “An Act Relating to the Operation and Inspection of Steam Boilers”. Posteriormente, em 1910, outros 9 estados e 19 regiões metropolitanas americanas publicaram seus próprios códigos, mas gerou grandes dificuldades, em função da falta de padronização. Em 1911, a ASME (Associação Norte Americana de Engenheiros Mecânicos), fundada em 1880, criou a uma comissão que tinha a responsabilidade de unificar todos documentos e códigos correlacionados. Em 1914, em uma reunião que entrou para a história, foi aprovada então, a Seção I do seu reconhecido: “Boiler and Pressure Vessels Code” ( Código de Caldeiras e Vasos de Pressão), que regulamenta o projeto e construção de caldeiras, atendendo assim, a primeira necessidade citada acima.
A segunda necessidade, capacitação dos técnicos para controlar a qualidade e a deterioração destes equipamentos, foi atendida, com a fundação da “National Board” (Comissão Nacional de Inspetores de Caldeiras e Vasos de Pressão) em 1919, que era composta por representantes de todos os estados conta até hoje, com a participação do Canadá e México.
A National Board promove treinamentos, certificação de técnicos, mantém um cadastro das caldeiras e vasos de pressão instalados nos USA e Canadá, homologa dispositivos de segurança e publica seu código de inspeção de caldeiras e vasos de pressão. Assim, a publicação da Seção I do código ASME e a fundação do National Board, simbolizam o nascimento da inspeção de equipamentos, que certamente, foi a base para criação de normas e procedimentos similares em outros países, como no Brasil. A partir dai, houve uma queda acentuada do número de acidentes com caldeiras, apesar do aumento da criticidade das condições operacionais, principalmente, quanto á pressão e quantidade de equipamentos instalados, em plena revolução industrial.
No Brasil, em 1958 ocorreu um grave acidente em uma das duas refinarias que existiam na época, não por explosão de caldeira, mas por corrosão em uma tubulação de Nafta, devido á falha de material, o que provocou um incêndio de grandes proporções, quase comprometendo o suprimento de derivados de petróleo ao mercado. A partir deste fato, a inspeção de equipamento ficou muito mais comprometida e foram designado recursos para uma atuação mais efetiva. Os procedimentos e normas de inspeção se desenvolveram e foram modelos para as demais refinarias construídas a partir dai e para outros setores, como o de transportes, prospecção e produção de petróleo.
Esses acontecimento marcam então, o nascimento da INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO, tendo a Petrobrás como berço.
A regulamentação de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, foi iniciada no Brasil, por um profissional competente, comprometido e com vasta experiência em inspeções de caldeiras, inclusive nos USA e Inglaterra, o saudoso professor Júlio Rabin que, preocupado com os frequentes acidentes, foi até o DNHST (Departamento Nacional de Higiene e Segurança do Trabalho) e conseguiu que fosse publicado, em 1970, a Portaria 20 DNHST, que tornava obrigatória a inspeção anual de caldeira em todo território nacional, porém, como não houve a participação dos técnicos que atuavam com inspeção, esta portaria não saiu da “gaveta”.
Em 1977 foi publicada a Lei Ordinária 6514, que implementava alterações na nas Leis Trabalhistas (CLT), em relação à segurança e medicina do trabalho, quando foram incluídos dois artigos que tornavam obrigatória a inspeção de caldeira, fornos e vasos pressurizados. Este documento deu origem então, em à 28 Normas Regulamentadoras, entre elas, a NR13, que foram publicadas em 1978, pela Portaria GM 3214/1978.
Em 1984, foi publicada a primeira revisão da NR13, com base na Portaria 20, que passou à abranger também, vasos de pressão. Apesar disso, como ainda havia frequentes casos de acidentes, formou-se um grupo de trabalho com participação dos trabalhadores, das empresas e do governo, que tinha a responsabilidade de revisar a NR13 pela 2ª vez, com objetivo de aplicação efetiva e obrigatória, que se tornou muito mais efetiva e adequada á realidade Brasileira, sendo então publicada em 1995.Em 2008, foi publicada a Portaria SIT 57/2008, com uma nova revisão da NR13, que apenas corrigia erros de linguagem.
2) AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES INTERNAS DE CALDEIRAS EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO DE ÁGUA
A NR13 não abrange detalhadamente o tema tratamento de águas, não considera parâmetros de controle ou programas de tratamento, apenas prevê a necessidade do tratamento por empresa especializada.
Normalmente, realizada anualmente, pela equipe técnica responsável pelo tratamento de água da indústria e pela empresa responsável pelo tratamento de água. Esta inspeção, é talvez, a mais importantes função de um ESPECIALISTA de tratamento de água, pois representa a principal ferramenta de avaliação do tratamento químico.
Mas como fazer esta avaliação? O que devemos avaliar? Como coletar amostras de depósitos corretamente? Como calcular a composição mais provável dos depósitos? Determinar as possíveis causas e soluções? Etc. Este é o desafio.
Se você deseja mais detalhes, acesse o site: www.brunharawater.com.br/blog
ou entre em contato pelo e-mail: jose.l.brunhara@gmail.com
Se você deseja adquirir nossas apostilas e cursos de tratamento de águas de osmose reversa, caldeiras, de resfriamento, limpeza química, procedimentos de paradas e reinício de operação, inspeção de caldeira e saber mais sobre o tratamento de água, monitoramento e controles, solicite pelo site:
www.brunharawater.com.br/contato ou pelo email: jose.l.brunhara@gmail.com